quarta-feira, 22 de agosto de 2012


Não desanime na hora da tempestade

No Evangelho de São Mateus há um fato muito interessante: após a multiplicação dos pães, Jesus despediu os apóstolos e foi rezar no alto do monte. O barco em que eles estavam se agitava numa grande tempestade. Os discípulos estavam apavorados... Quando de repente viram alguém caminhando sobre o mar: era o Messias.

Não imaginando que fosse Jesus, eles ficaram ainda mais amedrontados e soltando gritos de terror: "É um fantasma!" Mas logo o Senhor lhes disse: “Confiança, sou Eu, não tenhais medo” (Mt 14,27).


"Quando você traz o Senhor para dentro do 'barco da sua vida' tudo muda."


Muitas vezes, nossa vida é agitada pelas tempestades e nós nos desesperamos, porque nos falta confiança. Precisamos ter confiança cega em Deus, na certeza de que o Seu socorro não falta.

O Senhor é o mesmo de ontem, de hoje e de amanhã; Ele está vivo. Não servimos a um Deus morto, clame e Ele virá ao seu encontro!

Não desanime na hora da tempestade! Peça ao Senhor para pegá-lo no colo, para que a tempestade não o afogue. O Senhor nos manda ser corajosos. Não precisamos ter medo de nada. Jesus nunca vai nos deixar sozinhos.

Quando tomamos consciência e clamamos pelo socorro do céu, tudo muda, a tempestade se acalma e ousamos "andar sobre as águas". Foi o que Pedro experimentou:

“Senhor, se és mesmo Tu, ordena-me que vá ao teu encontro sobre as águas. Vem, disse Ele. E Pedro, saindo do barco, caminhou sobre as águas e foi rumo a Jesus” (Mt 14,28-29).

Nós também podemos andar sobre os nossos problemas, sobre as tempestades que assolam nossas vidas, fixando os olhos em Deus e não os desviando nem para direita nem para a esquerda.

Quando Pedro tirou os olhos de Jesus, ele afundou. Aí está o segredo: podemos andar por cima de nossos problemas, sem nos deixar amedrontar pela tempestade, se continuarmos com os olhos fixos no Senhor.

Tenha certeza: quando você traz o Senhor para dentro do "barco da sua vida", tudo muda. O vento cessa, a tempestade se acalma. O Senhor passa a ter o comando de todas as coisas.

“Confiança, sou Eu, não tenhais medo”. Seja qual for a situação pela qual você esteja passando, confie. É o próprio Senhor quem diz: “Sou Eu, não tenhais medo”. Nas grandes dificuldades, mas, também nas situações embaraçosas do dia a dia, o Senhor está ao nosso lado. Não há o que temer.

Reze junto comigo:
"Senhor, eu agradeço por tantos milagres e curas que tens realizado na vida dos meus irmãos. Tu és verdadeiramente o Deus do impossível.
Entra, Senhor, no barco da minha vida. Vê, Senhor, a agitação em que está. Até hoje eu tive medo e pensei que estava sozinho, mas agora não temo, pois quem está conduzindo o barco da minha vida é o Senhor. 
Apresento todas as situações que estou vivendo e já agradeço pelo novo rumo que estás dando. Eu não estou sozinho. Confesso que já estava cansado, fraco, com medo das grandes ondas, mas agora já não tenho mais medo, porque o Senhor é por mim.
Agradeço pelo milagre que estás realizando na minha vida. Sou uma nova pessoa.
A partir deste momento o leme da minha vida está em Tuas mãos. Eu não tomarei mais nenhuma decisão por mim mesmo. Quero louvar e agradecer pela paz e pela cura que realizas. 
Bendito seja o Teu nome, meu Senhor e meu Deus."

Trecho do livro “Isto é obra do Senhor: um milagre aos nossos olhos” de Monsenhor Jonas Abib.

Deus quer tocar o seu coração

Deus quer tocar o seu coração, reanimá-lo, levantá-lo e levantar seu casamento. Para Ele não existe distância, e o temo é sempre “presente”. Pela oração unimos a terra ao céu. Deus quer escutar a sua oração, Ele quer atender você. Permita que Ele solucione o seu impossível!

O poder libertador de Deus é capaz de acabar com a droga, o alcoolismo, a infidelidade, o adultério e todos os ressentimentos que você tem carregado. Até em seu temperamento Deus Pai quer agir. Basta a sua decisão, e o Espírito Santo agirá.

Ele quer curar os corações magoados, entristecidos e endurecidos por tantas mágoas e sofrimentos. Quer tocar o coração dos filhos que se revoltaram contra seus pais. Deus chama as mulheres desesperançadas, decepcionadas, que deixaram de acreditar na possível mudança do marido, a permitir que Ele realize uma obra nova em sua vida. 

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib

Maria nos acolhe em seu colo de Mãe

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“Meu filho, olha para tua Mãe. Aos pés da cruz, colocaram sobre meus joelhos o Corpo torturado de meu Filho Jesus, e eu o abracei. Embora estivesse com o coração despedaçado, louvei ao Pai, entreguei meu Filho morto ao Senhor, e o preparei para a ressurreição. E eu agora o tomo em meu colo e digo: não volte atrás, não ceda. Hoje não é o rei - mas pior: o mundo inteiro! - contra meu Filho, dizendo a você que goze a vida sentindo todos os prazeres, que se entregue à bebida, às festas e se esqueça de Deus".

Mas você não foi feito para o mal, para o pecado. Deus o criou para o amor. Você não foi concebido para a bebida, os tóxicos, o jogo; para o roubo, para se aproveitar dos outros e assim ganhar mais; nem para a mentira e a hipocrisia, o ódio, o rancor; para a revolta consigo mesmo e com sua família... Não. Você foi criado para amar! Deus é amor e habita em seu coração, e você no fundo percebe isso.

Ao cometer um erro, você se sente mal, mas não tem coragem de mudar a situação, pois o mundo o aliciou demais. O mundo apresentou o pecado "caramelado" e, por causa desse "caramelo", você vai à infelicidade.

A Santíssima Virgem Maria está lhe dizendo: “Meu filho, minha filha, veja o que o pecado fez com você. Mas eu que sou Mãe, tomo-o no colo, como tomei o Corpo de meu Filho estraçalhado na cruz".

Monsenhor Jonas Abib

domingo, 19 de agosto de 2012


Louvemos! Existe um Pai que cuida de nós

Meus irmãos, nós estamos vivendo, hoje, o tempo comum da liturgia. Nele o mistério de Cristo nos é mostrado em sua globalidade e a força do Evangelho percorre toda nossa existência. O Espírito Santo permanece e percorre nosso dia a dia e nos ilumina. 
Na força do Espírito, a Palavra de Deus nos ensina a rezar com uma versão resumida do Pai-Nosso, que Jesus ensina aos discípulos. O Senhor lhes ensina que, na hora da oração, é preciso colocar-se diante do Pai na condição filial, começando a oração por: "Pai Nosso...". O Senhor também acrescenta uma história, na qual um homem bate à porta da casa de seu vizinho para lhe pedir pães, a fim de dá-los a uma visita que chegou tarde da noite e inesperadamente. O vizinho responde que não pode lhe dar os pães, pois já está deitado e não vai se levantar para atendê-lo. Jesus, então, lhes diz: "Mesmo que não se levante para dar o que seu amigo pede, vai levantar-se por causa da impertinência dele e lhe dará quanto for necessário.”
Aquele cidadão se levanta para dar os pães por causa da insistência de seu vizinho. Dessa forma, o Senhor nos mostra: "Pedi e vos será dado". Devemos insistir nos nossos pedidos. Jesus diz aos discípulos: “O meu Pai, que é vosso Pai, não é igual a este homem que deu o pão, porque estava saturado. Ele o dá, porque é Pai e acolhe os pedidos de todos os Seus filhos. Se seu filho lhe pedir um peixe, você lhe dará uma cobra? Se vocês, que são maus e limitados, dão coisas boas a seus filhos, muito mais Deus os dará. Ele oferece o Espírito Santo a vocês.”  
O Pai olha por Seus filhos que, hoje, pedem pão e peixe. Ele capricha, porque os ama. A grande lição, de hoje, é que Deus nos dá o Espírito Santo para nos ajudar em nossa caminhada e para superarmos todos os problemas. Muitos, talvez, estejam passando por situações difíceis, crises familiares, doenças e até mesmo se sentindo no fundo do poço. O que fazer nesse momento? Digam: "Pai Nosso, santificado seja o Vosso nome. Estou no fundo do poço, mas ainda continuo sendo Seu filho".
O "encardido" faz de tudo para mudar nossa mentalidade a fim de que vivamos como escravos. Vemos muitos vivendo nessa condição e precisando de um colo de Pai. Por isso, se você está nessa situação, peça: “Preciso desse peixe, meu Pai; preciso do Seu colo. Que, hoje, essas palavras se cumpram na minha vida."  
Como é bom fazermos a escolha de olhar além dos problemas e perceber que Deus cuida de nós! Ele diz que somos a carta de Cristo escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus. Somos uma carta de amor.  
Apresente-se ao Senhor com o coração aberto e como filho d’Ele. Faça a escolha certa de viver em comunhão com Deus Pai. A pessoa que caminha sem Deus não tem perspectiva de vida. Aprender a fazer as escolhas certas faz com que a pessoa não sofra no futuro e não leve uma vida de escravidão e sofrimento. Digo isso porque algumas escolhas são inevitáveis e precisamos conviver com elas, mas há opções que podemos evitar, e o Espírito Santo nos diz isso todos os dias.  
Vivamos como filhos no dia de hoje. Somos mais que vencedores pela virtude d'Aquele que nos amou! Quero pedir ao Espírito Santo que nos visite, neste dia, e Lhe agradecer por todo carinho e companhia que Ele nos oferece. Como é bom saber que podemos contar com Seus conselhos e caminhar com o Senhor, Pai! Nessa certeza, quero terminar com as palavras de Santo Ambrósio: “Não mais escravos, mas filhos. Ó homem, não ousavas levantar teu rosto ao céu, baixavas os olhos para a terra e, de repente, recebeste a graça de Cristo. Todos teus pecados te foram perdoados. De servo mau te tornaste um bom filho. Levanta, pois, os olhos para o Pai que te resgatou por Seu filho e dize: 'Pai Nosso'. Mas não exija nenhum privilégio, somente de Cristo Ele é Pai de modo especial. Para nós é um Pai incomum, porque gerou somente a Ele, a Cristo. A nós, Ele nos criou. Dize, portanto, também tu pela graça, Pai Nosso, a fim de mereceres ser Teu filho.”  
Proclame agora: “Eu tenho um Pai que me ama e caminha comigo. Éramos escravos, mas nos tornamos bons filhos pela Sua graça”. Peço que acolha, em Seus braços, todos aqueles que sofrem. Que essas pessoas possam ver que a caminhada ao Seu lado é doce, Senhor. Entre, Espírito Santo, em cada casa e leve o amor do Pai a todos os que sofrem. Atenda, Senhor, as súplicas dos Seus filhos. Que todos possam escolher não mais caminhar na solidão. Obrigado, Pai, pelo Seu amor.  
[Alexandre Oliveira]

Tenha os "bons olhos" de Cristo

"Você pode até dizer que não entendeu o que eu disse. Mas jamais poderá dizer que não entendeu como eu te olhei". (Pe. Fábio de Melo)
Uma das manifestações mais tocantes da bondade de Cristo é a Sua infinita capacidade de dirigir um olhar amoroso e confiante a todos, mesmo aos que parecem mais pervertidos e irrecuperáveis. É uma atitude que vemos a cada passo nos relatos evangélicos, ao contemplarmos o modo acolhedor e esperançado com que o Senhor encara os pecadores, os miseráveis, todos aqueles que aparecem como o rebotalho imprestável da sociedade. 

Há, concretamente, uma passagem do Evangelho em que essa atitude se revela com grande transparência. São Lucas pinta a cena com os traços de um drama em que intervêm dois personagens, Cristo e um fariseu chamado Simão. 

Ambos contemplam o mesmo fato: a invasão inesperada de uma mulher pecadora na casa do fariseu, onde Jesus estava à mesa juntamente com outros convidados. E eis que uma mulher, que era pecadora na cidade, quando soube que Ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro cheio de bálsamo. Estando a Seus pés, detrás d'Ele, começou a banhar-Lhe os pés com lágrimas, enxugava-os com os cabelos da sua cabeça, beijava-os e ungia-os com bálsamo (cf. Lc 7,37-38). Aquela pobre mulher, tocada na alma pela divina bondade de Cristo - convertida pela pureza do exemplo e da palavra de Nosso Senhor -, não sabe o que fazer para expressar a sua dor, o seu arrependimento. 

Nesse momento, dois pares de olhos se fixam especialmente nela: os do fariseu Simão e os de Cristo. Ambos observam a mesma cena, a mesma pessoa, os mesmos gestos. Mas veem coisas inteiramente diferentes. 

O fariseu fita a pecadora com olhar de desprezo: Vendo isto, o fariseu que o tinha convidado disse consigo: Se este fosse profeta, com certeza saberia quem e qual é a mulher que o toca, e que é pecadora. Simão só vê o “lado mau”. Vê com “maus olhos”. 

Cristo, pelo contrário, dirige à pecadora o olhar do amor benigno: os “bons olhos”. Mansamente, volta-se para o fariseu e diz-lhe: Simão, tenho uma coisa a dizer-te… E o que Cristo vai dizer-lhe, com um laivo de tristeza, é que Simão ainda não aprendeu a enxergar com bondade, ainda não aprendeu a apreciar o valor dos outros com uma “atenção amorosa”. 

Um credor - começa Cristo - tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos denários, o outro cinquenta. Não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos a dívida. Qual deles, pois, o amará mais? O que equivale a dizer: Simão, onde tu vês um atrevimento despudorado, eu vejo amor. Esta pobre criatura chora pela pena do arrependimento e a esperança do perdão.  

E prossegue: Vês esta mulher?… - sim, é necessário, é importante conseguir “ver” os outros, coisa nada fácil -, vês esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para os pés; e esta com as suas lágrimas banhou os meus pés e enxugou-os com os seus cabelos. Não me deste o beijo da paz, mas esta, desde que entrou, não cessou de beijar os meus pés. Não ungiste a minha cabeça com bálsamo, mas esta ungiu com bálsamo os meus pés. Pelo que te digo: São-lhe perdoados os seus muitos pecados porque muito amou (cf. Lc 7, 40-47). 

Como se percebem bem aqui os “bons olhos” de Jesus! Mais do que ninguém, Cristo era capaz de penetrar nos abismos do mal que o pecado cavara naquela alma. E mais do que ninguém, por ser Ele Deus - Deus feito homem -, podia sentir-se atingido pelo pecado, pois este é, acima de tudo, uma ofensa a Deus. 

Nada disso, porém, passa para o primeiro plano no olhar de Cristo. Na escuridão do pecado, que envolve a alma daquela pobre mulher, Ele não detém a vista no que O ofende; só vê brilhar - como a luz que cintila numa noite escura - a bondade que começa a desabrochar naquela alma dolorida. Apenas vê o “lado bom”, a semente de bondade e a chama de esperança que ali está a despertar, e que Ele pode e quer ajudar a crescer e a acender cada vez mais. 

O fariseu queria expulsar, indignado, a pecadora e, com isso, certamente a teria ferido “mortalmente”, pois teria abafado a sua esperança, e a teria acorrentado, talvez para sempre, ao seu mal. Cristo não. Jesus estende-lhe a mão e a salva: A tua fé te salvou; vai em paz (cf. Lc 7, 50). E assim uma dupla alegria, imensa, nasce daquele perdão: a da pecadora perdoada, purificada, nascida de novo; e a de Nosso Senhor, que declara: Haverá mais alegria no Céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento (Lc 15,7). 

[Padre Francisco Faus]

Seja forte e não tenha medo

Assim como o café com leite, misturados, já não são mais nem leite nem café, o que teremos em breve será “céus novos e uma terra nova”. O céu será diferente porque estará misturado com a terra. A terra será muito diferente, porque estará misturada com o céu. O humano será diferente, porque estará misturado com o divino. E o divino também será diferente, porque estará misturado com o humano.

Como acontece na Pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo: Ele é Deus e homem ao mesmo tempo, sem deixar de ser homem e sem deixar de ser Deus. Teremos uma terra nova, porque divinizada, e céus novos, porque humanizados. Mas até essa realidade chegar, a luta será grande. Quando vier o Reino de Deus, o inimigo de Deus será vencido. Ele sabe que pouco tempo lhe resta:

"Ai de vós, terra e mar, pois o diabo desceu para junto de vós, cheio de grande furor, sabendo que lhe resta pouco tempo" (Ap 12,12b).

Estamos sofrendo por causa disso. Mas o Senhor nos diz para sermos fortes e não temermos.

Deus o abençoe!

[Monsenhor Jonas Abib]

Fomos atraídos pela misericórdia divina

Assim como numa moeda há "cara" e "coroa", em Deus estão juntas a misericórdia e a justiça. E as duas são infinitas. O Todo-poderoso não pode deixar de ser infinitamente misericordioso e também infinitamente justo. 

Na primeira vez, o Senhor veio como homem, usando de toda a Sua misericórdia. Estamos nos finais dos tempos, estamos no tempo da misericórdia. Deus Pai está com o coração escancarado! Na segunda vez, Ele virá com poder e glória para exercer a justiça: dar a cada um aquilo que merece por seus atos.

O Senhor quer trazer para Si não só você, mas toda a sua casa: é o tempo da misericórdia. Da infinita misericórdia do nosso Deus. Precisamos fazer com que todos os nossos entes queridos entrem na Arca da Salvação, mesmo aqueles que nos dão muito trabalho. Deus mesmo cuidará da conversão destes, como fez conosco. Fomos atraídos pela Sua misericórdia e foi Ele quem nos transformou.

fonte:http://ejcteixeirapb.blogspot.com.br/search?updated-max=2012-06-24T11:56:00-03:00&max-results=10

Você já refletiu sobre a oração do Pai-Nosso?

A oração mais perfeita e completa que temos é o Pai-Nosso. Muitos dos nossos irmãos evangélicos criticam nosso rezar, porque dizem que este se trata de palavras repetidas, não espontâneas. No entanto, eu lhe digo, meu irmão, se você entender a oração que Cristo nos deixou, se refletir cada palavra e, principalmente, se as viver, não precisará de mais nenhuma oração. Nela, encontramos tudo o que precisamos para sermos santos.

“Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o Vosso nome”. Você já reparou que Jesus não disse “meu Pai”? Deus é Pai de todos nós e temos de ter uma consciência comunitária em nossas orações. “Que estais no céu”, em toda parte, inclusive aqui, agora. “Santificado seja o Vosso nome”, significa que não só o nome, mas também Sua realidade divina, em três Pessoas, seja adorada, glorificada, conhecida e acreditada no mundo inteiro. Para que isso aconteça, precisamos fazer a nossa parte como anunciadores da mensagem de Jesus Cristo.

“Venha a nós o Vosso Reino”. É importante explicar aos nossos filhos e às crianças do Catecismo o que isso significa: “venha a nós o governo de Deus”, ou seja, precisamos permitir que o Senhor governe nossa vida. A oração do Pai-Nosso está no plural, porque toda oração que rezamos não deve ser apenas pessoal, mas realizada para todos.

“Seja feita a Vossa vontade assim na terra como no céu” e não a nossa vontade, não a vontade de satanás nem do assaltante ou daqueles que querem nos prejudicar. Não a vontade dos que pretendem nos afastar do caminho, da verdade e da vida. 

“O pão nosso de cada dia nos dai hoje”. E amanhã, eu não vou comer? Sim, mas nós vamos rezar, agradecer e pedir novamente. Este é o procedimento, porque Deus nos aconselha a não nos preocuparmos com o dia de amanhã. Por isso, vamos pedir o pão somente para hoje. Pão, aqui, não significa somente o pãozinho da padaria, mas sim o alimento, a saúde para trabalhar, o estudo que nos prepara para ganhar dinheiro, o emprego tão difícil de encontrar hoje em dia, etc.

“Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam”. Quando somos lesados, injustiçados, precisamos recorrer aos nossos direitos, porque se todo cristão ficar “bonzinho”, sem reclamar de nenhum abuso cometido pelos outros, todos vão se aproveitar de nós, fazendo-nos de bobos. No entanto, depois da tempestade vem sempre a calmaria, a paz. Fiquemos atentos, porque Jesus sempre nos orienta a fazer as pazes. 

“E não nos deixeis cair em tentação”, porque são muitas as seduções que nos cercam no nosso dia a dia, tentando tirar-nos a paz e a amizade com Deus.

“Mas livrai-nos do mal”. São tantos os males desta vida: assaltos, roubos, acidentes, tentações, etc.

Temos a liberdade de chamar nosso Criador de Pai, mas não somente “meu Pai”. É o nosso Pai quem nos leva à unidade com os irmãos espalhados pelo mundo, os quais também oram o Pai-Nosso. Damos ao nome de Deus o devido respeito – santificado seja Seu nome – e pedimos que Seu Reino esteja entre nós. Entregamos nossa vida a Ele, quando pedimos que seja feita Sua vontade.

No centro da oração, mais uma vez, tratamos o Senhor como Pai, afinal quem é o responsável pelo nosso sustento, nosso pão de cada dia, senão Ele? Mostramo-nos arrependidos quando Lhe pedimos perdão pelos nossos pecados. E assumimos nossas fraquezas quando solicitamos Sua proteção e o livramento dos males que não podemos controlar. 

Entretanto, pergunto-me: Será que vivemos em unidade com nossos irmãos? Será que, verdadeiramente, tratamos o nome de Deus com o devido respeito? Perdoamos aos nossos irmãos do mesmo modo que desejamos ser perdoados? Será que, muitas vezes, não facilitamos para que o mal entre em nossas vidas? 

“Pai, livre-me de reduzir as palavras vazias, a oração que Jesus nos ensinou. Que eu saiba encontrar o sentido do Pai-Nosso centrando minha vida na filiação divina e na fraternidade. Amém!

[Padre Bantu Mendonça]

Onde está sua riqueza, aí estará o seu coração

Continuamos nossa reflexão sobre as bem-aventuranças. O Evangelho de hoje nos faz duas recomendações sobre como devemos nos relacionar e usar os bens materiais. 
Nos quarenta anos de deserto, o povo foi provado para ver se era capaz de observar a lei de Deus (Êxodo 16,4). A prova consistia na capacidade de recolher só o necessário de maná para cada dia, e não acumulá-lo para o dia seguinte. 

Hoje, nessa mesma linha, Jesus nos diz: “Não acumuleis riquezas aqui na terra, onde as traças e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam” (Mateus 6,19). 

O que significa acumular tesouros no céu? Trata-se de saber de onde viemos, o que fazemos aqui na terra e para onde vamos. Descobrir qual o fundamento da nossa existência e, nela, colocar a nossa confiança. Se a depositarmos nos bens materiais desta terra, sempre correremos o risco de perder o que acumulamos. Porém, se eles forem depositados em Deus, ninguém vai poder destruí-los e teremos a liberdade interior de partilhar com os outros os bens que possuímos. 

Para que isto seja possível e visível, é importante que criemos uma convivência comunitária, a qual favoreça a partilha e a ajuda mútua, e na qual a maior riqueza ou tesouro não será a material, mas sim da convivência fraterna, nascida a partir da certeza trazida por Jesus de que Deus é o meu Pai e de todos. E se Ele é nosso Pai, todos nós somos irmãos. 

A lâmpada do corpo são nossos olhos, pois, como disse Jesus, “os olhos são como uma luz para o corpo”. Mas para entender o que Ele nos pede é necessário ter “olhos novos”. O Senhor é exigente e nos pede para não acumularmos riquezas nem não servir a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo. Estas recomendações tratam daquela parte da vida humana, na qual as pessoas têm mais angústias e preocupações. É urgente que tenhamos olhos lúcidos, porque, se eles estiverem doentes, todo nosso corpo estará também debilitado.

Na realidade, a pior doença que podemos imaginar é quando uma pessoa se fecha sobre si mesma, sobre seus bens e confia só neles. É a doença da tibieza, da mesquinhez. Quem olha a vida com esse olhar vive na tristeza e na escuridão. O remédio para curar esta doença é a conversão, a mudança de mentalidade e de ideologia. Colocando o fundamento da vida em Deus, o olhar se torna generoso e a vida toda se torna luminosa, pois faz nascer a partilha e a fraternidade. 

Jesus quer uma mudança radical, quer que vivamos como Deus. A imitação do Senhor nos leva à partilha justa dos bens e ao amor criativo, aquele que gera fraternidade verdadeira. 

“Onde está sua riqueza, aí estará o seu coração.” Onde estão as nossas riqueza? Muitas pessoas idolatram o marido, a esposa, os filhos ou parentes, colocando-os acima de Deus. Outras colocam, em primeiro lugar, o dinheiro, os bens matérias, mas relegam para o segundo – ou o último lugar – Deus e a família. Esquecem-se de que é no Senhor e no amor ao próximo que está a fonte da vida. 

Meu irmão, minha irmã, a vocês me dirijo e lhes pergunto: “Que luz vocês têm como referência? Para onde direcionam os seus olhos? Para as coisas do mundo ou para o Círio Pascal, fonte da luz sem ocaso? Ele é a luz no mundo, quem O segue não se engana nem na vida nem na morte.  

Padre Bantu Mendonça

Construir a santidade no cotidiano

Santidade é vocação de todos os cristãos, sem exceção. A redescoberta da Igreja, como um povo unido pela unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo não pode deixar de implicar um reencontro com sua santidade, entendida no seu sentido fundamental de pertença àquele que é o Santo por antonomásia, o três vezes Santo (cf. Is 6,3). Professar a Igreja como santa significa apontar o seu rosto de Esposa de Cristo, que a amou entregando-se por ela precisamente para santificá-la (cf. Ef 5,25-26). Este dom de santidade é oferecido a cada batizado. Mas, o dom gera um dever, que há de moldar a existência cristã inteira: "Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação" (1 Ts 4,3). É um compromisso que diz respeito aos cristãos de qualquer estado ou ordem, chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Significa exprimir a convicção de que, se o batismo é um ingresso na santidade de Deus, por meio da inserção em Cristo e da habitação do Seu Espírito, seria um contrassenso contentar-se com uma vida medíocre (Cf. Novo Millenio ineunte 30-31).

A formação da cultura dos povos é marcada positivamente pela presença da Igreja e por homens e mulheres que se elevam pelo seu comportamento e suas opções de vida, mostrando que, efetivamente, é possível sair da rotina do “mais ou menos” para confirmar que uma alma que se eleva, eleva o mundo. Tenho descoberto esta santidade em homens e mulheres que a testemunham na fidelidade ao Evangelho, na coerência de suas opções e na estatura com que enfrentam as dificuldades da vida. Há de se abrir os olhos e descobrir tais pessoas, vendo-as como provocação positiva ao risco de acomodamento que nos cerca continuamente. 

A Igreja reconhece, publicamente, a santidade com o que chama de “beatificação” e “canonização”. Hoje, o Brasil já conta com diversas pessoas assim reconhecidas, entre cristãos leigos, religiosos ou sacerdotes, crianças, jovens e adultos, confessores da fé e mártires. São homens e mulheres, cuja santidade heroica merece ser posta diante dos olhos do mundo. Não nos envergonhemos de dizer que os cristãos têm para oferecer ao mundo o que existe de melhor em humanidade. Não nos furtemos à responsabilidade de superar as falhas humanas existentes com a virtude comprovada e testemunhada. Nosso tempo tem direito a receber dos cristãos a oferta da santidade. Ao reconhecer que o mistério da iniquidade se encontra presente no meio do mundo e também entre os cristãos, continue como referência a medida alta da santidade! 

No período em que nos encontramos, chamado pela Igreja de “tempo comum”, as verdades do Evangelho são mostradas a todos pelo testemunho dos santos e santas que se consagraram a Cristo e são sinais luminosos de luta e de perfeição, além de reconhecidos como valorosos intercessores para aqueles que acreditam “na comunhão dos santos”, como dizemos na Profissão de Fé. E como sempre acontece, os santos de maior devoção geraram cultura e hábitos na sociedade. Multiplicam-se as festas patronais em nossa região, muitas pessoas retornam a sua terra natal para as férias que se aproximam e para se alimentarem de legítimas e positivas tradições religiosas que contribuem para que se tome consciência de que não nos inventamos a nós mesmos, mas somos tributários de uma magnífica herança, como tocha da grande olimpíada da vida a ser mantida acesa e passada às sucessivas gerações. São conhecidos de forma especial os santos do mês de junho, Santo Antônio, São João Batista e São Pedro. São figuras que geraram cultura popular entre nós.

Ponho em relevo, de modo especial, a figura de São João Batista, cujo nome, vida e missão são reconhecidos pela tarefa que a Providência Divina lhe confiou, como precursor da chegada do Messias, aquele que mostrou presente o Salvador do mundo, pregador da penitência, capaz de abrir, nos corações humanos, a estrada para que chegasse Aquele “que tira os pecados do mundo”, como foi por Ele mesmo apresentado (Cf. Jo 1,29).

Um dia, Jesus recebeu emissários de João Batista com a pergunta sobre sua identidade de Messias. De fato, João se revelou sempre radical em suas escolhas e profundamente honesto em seu desejo de fidelidade à missão recebida. Mandou-lhe a magnífica resposta: “Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: cegos recuperam a vista, paralíticos andam, leprosos são curados, surdos ouvem, mortos ressuscitam e aos pobres se anuncia a Boa-Nova. E feliz de quem não se escandaliza a meu respeito!” (Mt 14,4-5). Às multidões de ontem e de hoje, Jesus fala sobre João Batista: “Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Que fostes ver? Um homem vestido com roupas finas? Olhai, os que vestem roupas finas estão nos palácios dos reis. Que fostes ver então? Um profeta? Sim, eu vos digo, e mais do que profeta. Este é de quem está escrito: 'Eis que envio meu mensageiro à tua frente, para preparar o teu caminho diante de ti'" (Mt 14,7-10).

Viver para servir, ser honestos na procura da verdade e coerentes no comportamento. Com exemplos de tal quilate, descobrimos o quanto é bom viver para servir e amar. A vida e a missão de João Batista, unidas à sua oração fervorosa, nos façam acolher as verdadeiras alegrias vindas do Salvador e nossos passos se dirijam no caminho da salvação e da paz. 

Dom Alberto Taveira Corrêa  
Arcebispo de Belém - PA

Aprender a sofrer as demoras de Deus

Fé é acreditar naquilo que não se pode ver, tomar posse do impossível que ainda não aconteceu. A fé um dom do Divino Espírito Santo. Para tê-la não podemos levar em conta apenas a razão, pois este é um dom repleto de mistérios, é plena graça de Deus termos um coração confiante.  
 
Precisamos aprender com Santa Terezinha do Menino Jesus a ter uma infância espiritual, a não ter medo de nos abandonar nos braços do Pai, ter confiança Nele e depender de Seu amor por nós. É preciso ter a certeza de que “tudo concorre para o bem dos que amam a Deus” (Rm 8,19). 

Na Sagrada Escritura vemos inúmeras passagens que nos mostram o quanto será diferente quando tivermos uma fé viva; uma delas está em Mateus 17,20: “Em verdade vos digo: se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esta montanha vai daqui para lá’ e ela irá. Nada vos será impossível”.  

Lendo este versículo conseguimos ver como ainda somos homens e mulheres incrédulos. Jesus mesmo nos disse: “Homens de pouca fé”. Já estamos na reta final, chegamos a um ponto que não podemos mais desacreditar no poderio de nosso Senhor. Ele é o Deus dos milagres, e aquilo que é impossível aos humanos, não é impossível a Deus. 

Muitas pessoas ainda acham que Jesus realizava milagres apenas no Seu tempo, quando ressuscitou Lázaro, fez Pedro andar sobre as águas, o cego enxergar e o paralítico andar; porém, não acreditam que Jesus realize milagres nos dias atuais, esqueceram que Ele é o mesmo de ontem, hoje e sempre. O que é impossível para Deus meus irmãos?  

Hoje, o seu maior impossível é conseguir um emprego? Ter a graça de gerar uma vida? A conversão de uma pessoa que você tanto ama? A cura de um câncer? A reconciliação em seu matrimônio? Jesus mesmo proclamou: “Não te disse, que se creres, verás a glória de Deus? (Jo 11,40). Precisamos aprender a não duvidar das promessas de nosso Senhor; é necessário confiar cegamente em sua infinita misericórdia. Todos os dias de nossa vida nesta Terra serão de lutas, de desafios e sofrimentos, mas se acreditarmos que Jesus está no controle de tudo, que nenhum fio de nossa cabeça cai se Ele não permitir, sobreviveremos perante qualquer obstáculo e contemplaremos a vitória. Mas repito: precisamos depositar nossa fé em Deus! 

Temos muitos sonhos impossíveis e desejos em nossos corações. No pensamento humano, algumas coisas que queremos são mais simples, como pedir a Deus para sermos pessoas melhores ou, então, ter um bom dia de trabalho. Já a cura de uma doença ou a conversão de um ateu, pensamos serem coisas mais difíceis de conquistar. Porém, hoje eu quero lhe dizer que para Deus não existe milagre mais fácil ou mais difícil, porque Ele pode realizar qualquer coisa, a qualquer hora.  

Contudo, a verdadeira e autêntica fé não para por aí. Se Deus não nos conceder o que pedimos, não é porque Ele nos abandonou. Uma fé viva é, principalmente, quando não recebemos d’Ele o que pedimos, mas nossa confiança em Sua divina providência não se abala; permanecemos cheios de esperança. Deus é tão bondoso e sábio que não nos concede tudo o que Lhe pedimos, pois nem tudo o que queremos é o melhor para nós. Muitas vezes não compreendemos, mas precisamos acreditar que os pensamentos de Deus são muito mais altos que os nossos”.  

Não há outro jeito. Precisamos esperar no Senhor, sofrer Suas demoras na certeza de que quem espera em Deus não é decepcionado.

Uma pessoa de fé tem ânimo mesmo em meio às dificuldades e angústias do dia a dia. Sabe por quê? Porque ela entendeu que, nesta Terra, não iremos ser plenamente realizados, mas apenas no Céu, onde contemplaremos a face de nosso Criador e chegaremos ao pico da felicidade, pois, enfim, alcançaremos a Vida Eterna!  

Por isso, quando percebermos que estamos com a fé abalada, supliquemos ao Pai: “Meu Senhor e meu Deus, eu creio, mas aumente a minha fé”, com consciência de que quem diz isso ao Senhor está pedindo mais oportunidades de praticar a fé. Aprenda a exercitar sua fé nas pequenas coisas, acredite que o Senhor nunca sairá do seu lado e o ajudará em tudo o que você fizer.  

“Depois disse a Tomé: introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé” (Jo 20,27).
Roguemos a Deus para que não sejamos iguais a Tomé, que precisou colocar o dedo no lado aberto para acreditar que era Jesus ressuscitado. Tenhamos a graça de acreditar sem mesmo ver ou tocar!  

Jesus tem maravilhas a realizar em sua vida, basta você confiar e saber esperar!
Que o Pai das misericórdias nos ajude a sermos homens e mulheres entregues à fé que é viva e que se renova todos os dias!  

Jesus, eu confio em Vós!

Fonte:http://ejcteixeirapb.blogspot.com.br/2012_06_24_archive.html

sexta-feira, 17 de agosto de 2012


Recorra a Deus pela oração

"Onde há um homem de boa vontade, que atua para o bem, Deus atua com ele; e onde ele não chega, Deus chegará"

Queremos pedir que, hoje, o Senhor esteja à frente da nossa vida. Queremos caminhar ao lado d'Ele, porque sabemos que Ele quer o melhor para nós. "Derrame, Senhor, a força e o amor do divino Espírito Santo em nosso coração para que toda aflição, toda fraqueza e enfermidade sejam dissipadas das nossas vidas. Faça-nos experimentar a graça da Sua Palavra no dia de hoje, para que possamos aquecer nossos corações, pois o Senhor é a nossa libertação. 

A primeira coisa que precisamos entender é que essa história realmente aconteceu, são fatos narrados detalhadamente e verídicos. Herodes executou Tiago e mandou prender Pedro para agradar os judeus. Um passou pela experiência da morte para dar testemunho de Jesus, sendo fiel até o fim. O outro pela experiência da libertação, pois ele ainda tinha uma missão a cumprir. Era tão impossível que Pedro conseguisse escapar, que nem ele acreditava no que estava acontecendo. Quando ele chegou à porta dos seus amigos, até eles duvidaram. 

Essa Palavra nos faz topar com situações semelhantes, que parecem impossíveis, nos deixando sem ter para onde ir ou para quem recorrer. Deus pode ter livrado Pedro, mas você se questiona: “Eu não sou Pedro, porque Ele vai me livrar?” Assim como Jesus caminhava à frente de Pedro e Tiago, em ambas as situações, Ele está conosco. Talvez como Pedro, você tenha uma missão a cumprir. 

Às vezes, ficamos preocupados com medo da morte, mas não é preciso, pois quando chegar o momento certo, Deus nos dará a força necessária para enfrentar a passagem. O Senhor nos prepara para o encontro definitivo que vamos ter com Ele. Agora é hora de viver, porque a nossa missão ainda não terminou. 

Na Palavra, quem ia morrer era Pedro e não os soldados, mas a missão dele ainda não havia terminado, porém os cristãos naquela época não tinham poder, recursos nem forças para salvá-lo, mas havia um socorro que vinha do céu. Os cristãos contavam com as forças espirituais e começaram a rezar de todo coração. “Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja orava continuamente a Deus por ele.” 

Talvez, você esteja enfrentando uma situação que a ajuda terrena não possa resolver, mas eu lhe digo: há uma força divina com a qual você pode contar. A força que vem do Pai. 

Eles permaneceram numa intensa e fervorosa oração e o resultado foi a vinda do anjo que libertou Pedro. Precisamos aprender a contar com a força divina, porque, no decorrer da vida, nós nos depararemos com muitas portas de ferro, situações em que vamos estar impotentes, onde só Deus alcançará. Ele chega onde o homem não pode chegar. Onde tem um homem de boa vontade que atua para o bem, Deus atua com ele; e onde ele não chega, Deus chegará. O Senhor vem para trazer a salvação e a libertação.

Hoje, você pode se deparar com um portão de ferro que barra a sua passagem, uma situação em que você se sente aprisionado, abatido e deprimido. Há aqui um segredo que você deve aprender: é a oração de fé que lhe salva. Quando você não tiver mais forças humanas para caminhar, lance-se em Deus pela oração.  

Temos que aprender que, quando uma situação for maior que nós, devemos buscar o que é maior que ela para resolvê-la. É igual uma criança quando é coagida na escola, para resolver essa situação ela chama o irmão maior e mais velho para ajudá-la.  

Se a situação for maior que você, coloque alguém que seja maior que ela, coloque Deus. Recorra a Ele pela oração. Quando você recorre ao Senhor com fé, muitas situações que pareciam impossíveis desaparecem. Tudo que era contra você vira a seu favor. 

Pela fé e pela oração, o Senhor nos tira do pecado, do abatimento e nos liberta, fazendo com que sejamos pessoas melhores para nós e para os que estão à nossa volta. Pedro foi ajudado pela oração de um povo. Muitas pessoas, hoje, se encontram com problemas que parecem impossíveis, aprisionadas em muitos sofrimentos e nós podemos interceder por elas. Se rezarmos com fé, elas serão libertas com a graça de Deus. Temos que recorrer ao Senhor fervorosamente e com confiança, sabendo que Ele agirá.

A pessoa que ora chega à salvação, a sua vida se converte em oração. Ela vira referência e tudo o que ela vive se enche de salvação. Se você deixar o Espírito Santo lhe conduzir, tudo que você tocará há de se transformar. 

Pelo que você precisa rezar nessa manhã? O que lhe aprisiona e que aos seus olhos parece impossível ser resolvido? Espere em Deus, Ele pode tudo, mas é preciso uma oração intensa. Você quer colocar as pessoas que você ama em oração? Você acredita no Deus que é amor e que cuida de você verdadeiramente? Quer recorrer a Ele? Então, peça. “Pelo poder do Espírito Santo, clamamos Sua graça. Queremos ser essa Igreja orante e colocar, diante do Senhor, todos os nossos entes queridos e todas as situações que nos afligem. Apresentamos as coisas e as pessoas que são importantes para nós. Ouça nossa oração, venha ao nosso socorro. Envie Seu anjo para abrir as portas que estão fechadas para nós. Só o Senhor pode abri-las. Ouve a oração daqueles que recorrem ao Seu poder nesse momento. Venha, Senhor em nosso socorro.” 

Márcio Mendes 
Missionário da Comunidade Canção Nova

Que caminho devo seguir?

O que devemos fazer quando Deus nos chama, quando somente o nosso servir não basta e, realmente, precisamos nos doar inteiramente ao Senhor? Creio que todos já passaram por essa situação um tanto difícil. 

Antes de nascermos, Deus já construiu todo um planejamento para nossa vida. Ele pensou e escreveu cada detalhe sobre nós, mas também nos deu o livre-arbítrio para escolhermos fazer o que quisermos de nossa vida. Cabe a nós decidir se devemos ou não seguir o caminho que Ele traçou para nós.  

Na maioria das vezes, o que acontece é que vivemos a nossa vida sem ter tempo para Deus, sem ter tempo de perguntar a Ele qual o Seu propósito para nós. Mas essa “oportunidade” que nos falta é chamada de comodismo. Irmãos, todos nós precisamos de Deus, independentemente de tudo, de qualquer coisa, precisamos d’Ele em todos os momentos da nossa vida. Mas quando não temos essa dimensão, uma hora ou outra, Deus vai nos mostrar o quanto precisamos d’Ele. Às vezes, não é da melhor maneira que percebemos isso.

Chega uma hora em nossa vida que, inesperadamente, aparecemos na porta de uma igreja, onde está acontecendo a reunião de um grupo de oração ou uma Missa. Naquele momento, estamos com o coração tão quebrado, tão dilasserado que entramos; ali, irmãos, sentimos o real poder de Deus em nossa vida, ali sentimos o Seu amor nos envolver. É uma sensação tão forte que não queremos mais deixar de senti-la, queremos nos entregar ao Pai cada vez mais.

Há um momento, então, que precisamos renunciar ao “eu” e sermos “nós”. Mas será que vale a pena, realmente, sairmos do nosso comodismo para servir o Senhor? Será que vale a pena largar nosso dinheiro, nosso pecado por Deus?

Ser ou não ser, eis o cristão! Essa é a hora de você provar que quer sim, atender ao chamado do Senhor e completar o projeto que Ele fez para você. Essa é a hora de você realmente dizer: “Senhor Jesus, eu renuncio ao “eu” para que sejamos “nós”.

Irmãos, cabe a nós sermos o cristão que Deus planejou. Digamos ‘sim’ a Ele.

Senhor, faça-se em nós conforme a Sua vontade.


Deixa Deus conduzir a sua vida

A Palavra meditada, está em Isaías 49,8-14.

Nesta Palavra, há uma realidade para nós que somos evangelizadores e que entregamos a vida para Jesus. É tão bom quando dizemos de todo coração: “Eu sou de Jesus, Ele é meu amigo”.


Há alguns meses, aprendi a meditar sobre isso: Jesus é meu amigo. Ele me alivia, conduz-me e mostra tantas coisas que tenho tranquilidade para tomar minhas decisões, pois sei que tudo o que eu faço é para o bem. E como é bom ser um homem de bem e cumprir os mandamentos de Deus!

Hoje, a Palavra vem nos dizer: "No tempo da graça, eu o escutei no dia da salvação eu o ajudei. Eu o guardei". Cada um de nós deve ter o coração aberto para sair e levar a Palavra do Senhor. Assim, damos continuidade ao que Ele nos ensinou e começamos a ter um momento de intimidade com Ele. Precisamos aproveitar essa oportunidade de sermos amigos e servos de Deus para chegarmos ao tempo da graça. Trabalhar em nome do Senhor.

Quando percebi que eu era um servo de Deus, passava por um tempo muito difícil, mas, em nenhum momento, duvidei de que poderia vencer. Apesar de todas as dificuldades, vivi um momento de graça, no qual tudo dava certo. Mas, o Senhor não quer que paremos no tempo da graça, senão nos tornamos pessoas “mal acostumadas”. É como um filho único de pai rico, o qual todo mundo quer agradar, fazendo com que a pessoa não aprenda a viver e carregar a sua cruz.

Você deve passar pelas tribulações da vida e carregar sua cruz para reafirmar que é filho de Deus de fato e de direito. Sua caminhada com o Senhor começa no batismo e se completa quando você tem um encontro pessoal com Ele. Assim, você sai do tempo da graça e entra no tempo da salvação. Ele lhe dá a oportunidade para conhecê-Lo de perto, mas é preciso aceitar a cruz que lhe foi dada no batismo e carregá-la a vida toda, pois não existe salvação sem ela.

Deus nunca nos escondeu isso. Seu filho Jesus morreu na cruz carregando todos os nossos pecados. Ele carregou até a nossa grandeza e soberba. Carregou até o bem-estar dos próprios discípulos que brigavam para estar ao lado d'Ele na hora de subir aos céus. Mas, quem acabou subindo com Jesus foi o ladrão, porque os discípulos precisavam continuar a caminhada aqui na Terra, levando Jesus adiante.

Esse é o nosso papel, nós fomos feitos para levar o Senhor e precisamos gravar isso em nosso coração, pois a promessa de Deus precisa ser cumprida. Ele quer que sejamos pessoas de bem para evangelizarmos o Brasil e o mundo. Essa é a nossa responsabilidade. Não podemos nos acomodar, senão nos esquecemos da nossa cruz.

Temos de levar a sabedoria de Deus e somar, contagiar os que estão à nossa volta para que eles também queiram fazer a sua parte.

Ele nos diz: "Eu te guardei e coloquei como aliança entre o povo, para reergueres o país, devolveres as propriedades arrasadas, para dizeres aos cativos: ‘Saí livres!’, aos presos em cárcere escuro: ‘Vinde para a luz!’”

Nós da Canção Nova temos que chegar a muitos lugares, porque todos precisam de nós e da palavra de Deus. Somos essa aliança entre Deus e o povo. Nosso carisma é evangelizar todas as pessoas, levando a Palavra e fazendo aquilo que Deus quer. Precisamos assumir a graça e a salvação, deixar as coisas mundanas de fora e pensar que viemos para evangelizar. Quando Ele nos chamou, a Sua primeira promessa para nós foi: “Cuida das minhas coisas que Eu cuidarei das suas.” 

Que milagre Deus veio fazer comigo e como eu demorei par entender, mas hoje vejo que Ele cuida das minhas coisas. Que satisfação saber disso, eu nasci de novo com essa experiência.

Todos nós temos que nascer de novo, porque o diabo nos estraçalha. Deus quer que nos voltemos para a Sua vontade e que sejamos testemunhas de Sua palavra. 

Eu sou responsável por unir os povos e levar felicidade a quem precisa. Só com meu testemunho de vida eu vou convencer as pessoas. Do que adianta uma bela pregação se eu não vivo o que eu prego. Tenho que testemunhar aquilo que eu vivo, não importa o que falem de mim, pelo menos estou trabalhando para Deus e vendo onde não posso pecar.

Deus deixa uma receita para você, leve seu testemunho de vida, leve alegria ás pessoas, essa é a sua obrigação.

Muitos hoje vivem na escuridão, no pecado, na revolta, mas isso tem que ser momentâneo. Não podemos ficar arrasados por causa de relacionamentos ou dinheiro, temos que ver o que é bom e ruim e seguir em frente. Arrasados ficamos de cabeça baixa e não enxergamos mais ninguém.

Hoje trago essa proposta a você. Deixa Deus cuidar das suas coisas e conduzir a sua vida. Coloque agora em Suas mãos aquilo que você mais precisa. Abra seu coração e deixe o Espírito Santo de Deus habitar a sua vida, para que você tenha mais força e para que seu testemunho seja exemplo a milhares de pessoas.

“Tira de nós, Senhor, o orgulho e a prepotência. Precisamos ser libertos e ver além de nós mesmos. Traz a claridade para os nossos olhos, para conhecermos o mundo, porque todos nós somos filhos de Deus, de fato e de direito. Amém.”

Fonte:http://ejcteixeirapb.blogspot.com.br/search?updated-max=2012-07-14T10:26:00-03:00&max-results=10&start=10&by-date=false

Precisamos ensinar o Evangelho com palavras e atitudes

O texto meditado é o Evangelho do 14º Domingo do Tempo Comum, Marcos 6,1-6. 

Jesus estava voltando para Nazaré, cidade de origem, onde havia sido criado. No dia de sábado, foi à sinagoga, como todo judeu observante, e, ali, começou a ensinar. As pessoas ficavam admiradas com o que Ele dizia e fazia. Porém, elas mesmas ficaram presas no julgamento da pessoa de Jesus como um "simples homem", filho do carpinteiro e morador daquela cidadezinha. Esvaziaram, com seus julgamentos, toda a realidade divina que existe em Jesus, viram o homem histórico, mas não acolheram o Cristo da fé. 

Os moradores de Nazaré que se “admiravam dos ensinamentos” e feitos de Cristo, também ficaram “chocados” ao perceber que Ele era, segundo o errado julgamento deles, uma pessoa comum. O próprio Jesus resume o acontecido: “Um profeta só não é valorizado na sua própria terra, entre os parentes e na própria casa”.

Agora é a vez de o próprio Jesus ficar admirado, porém o motivo é triste: a incredulidade daquelas pessoas, impedindo que muitos outros milagres não ocorressem ali. A não acolhida deles não desmotivou ou paralisou a missão de Jesus, mas Ele a continuou para além dos julgamentos e resistências.

Também eu e você, que por algum motivo não fomos, na nossa fé, acolhidos e respeitados entre os nossos, não podemos desanimar da vida cristã. O reconhecimento dos outros não pode ser o combustível que nos faz perseverar na vivência da nossa fé, mas sim o modelo de Cristo, que cumpriu a Sua missão, impulsionado sempre pela vontade do Pai.

Essa Palavra está sendo um incentivo para a sua perseverança. Veja que também Jesus enfrentou obstáculos e julgamentos, porém isso não o deteve ou o desviou do caminho. Eu e você precisamos nos espelhar nesse Cristo e assumir, nos dias de hoje, a missão de continuar ensinando o Seu Evangelho com palavras e atitudes, oportuna e inoportunamente. 

Dê a sua resposta a Deus de forma muito concreta. Reze por aqueles que, ainda hoje, vivem na incredulidade e recobre, pessoalmente, a força em Jesus para perseverar em meio a este mundo, no testemunho vivo da nossa fé.

Deus o abençoe!

Padre Fabrício Andrad

É preciso resgatar a sua pureza

Há uma bruta fome de Deus em nós. Nós temos fome de paz, de justiça, de alegria; temos fome de honestidade, mas não sabemos mais a quem ouvir. No entanto, graças a Deus, o Senhor nos pega pelas mãos.

Deus só vai nos levar para um lugar bom; Ele nunca nos levará por lugares perigosos. As pessoas podem segui-Lo docilmente, é uma experiência interessante deixar-se guiar pelo Senhor. Há, inclusive, dinâmicas para que a pessoa sinta o que é seguir alguém, o que é obedecer e ser dócil.

Existe um teste mais difícil ainda, quando ninguém segura a pessoa pela mão. O Senhor faz essas duas coisas conosco: no começo, nos segura pela mão e nos leva. Assim, nós vamos aprendendo a obedecer. E todos nós precisamos aprender isso. O segundo teste é aquele em que Deus não nos toma pelas mãos; Ele apenas vai falando e nós vamos O seguindo.  

É preciso resgatar a sua pureza, a sua verdade, porque você perdeu o referencial. É preciso resgatar seus valores, pois você acabou se perdendo, ficou de tal maneira "estragado" pelo mundo, que ele acabou danificando sua mente, sua fantasia, seus sentimentos. Quantos rapazes feridos em seus sentimentos, cujos sentimentos não parecem mais de "gente", de homem. Parecem mais sentimentos de "bicho"! Desculpe-me, mas é a verdade.  

Quanta menina, coitadinha! E a mulher foi feita com um carinho especial de Deus! Como Ele caprichou no sentimento dela, na capacidade que ela tem de amar. Mas quanta mulher, quanta menina de tal maneira "amarfanhada"!  

Nós acabamos perdendo o referencial, pensando que "o negócio é esse mesmo", ou seja, viver como o mundo vive, na corrupção. Se você perde totalmente suas referências, daqui a pouco já não entende mais nada. O mundo vai "amarfanhando" você. Mas você é gente e, lá no fundo do seu coração, Deus está plantando o bem em meio a essa atrocidade. O Espírito Santo não "pulou fora" de você. Graças a Deus, Ele está lá dentro de você e é Ele quem começa a gritar, a colocar, dentro de você, uma "fome" de algo que, às vezes, você nem imagina o que seja. Mas, na verdade, é uma fome de Deus.  

[Trecho da palestra "Obedecer, uma urgência" com monsenhor Jonas Abib.]

Por todo lugar, Deus deixa seus sinais


Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que certa vez, o rico chefe da grande caravana chamou-o a sua presença e lhe perguntou:


- Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?

- Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais Dele.

- Como assim? - indagou o chefe, admirado.

 

O servo humilde explicou-se:

 

- Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?

- Pela letra.

- Quando o senhor recebe uma joia, como é que se informa quanto ao autor dela?

- Pela marca do ouvires.

 

O empregado sorriu e acrescentou:

 

- Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabes, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?

- Pelos rastros, - respondeu o chefe, surpreendido.

 

Então, o velho convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso:

 

- Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser de homens!

 

Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também. Deus, mesmo sendo invisível aos nossos olhos, deixa-nos sinais em todos os lugares...

Na manhã que nasce calma, no dia que transcorre com o calor do sol ou com a chuva que molha a relva... Ele deixa sinais quando alguém se lembra de você, quando alguém te considera importante.



[Felipe Aquino]

quinta-feira, 16 de agosto de 2012


DEUS É A RESPOSTA


É próprio do ser humano questionar-se de situações existenciais como: Qual a nossa origem? Qual a finalidade da vida? Como explicar a presença do mal, do sofrimento e a inevitabilidade da morte?

Nem sempre encontramos as respostas suficientes para essas questões, mas o importante é sempre estarmos à procura delas.

Hoje em dia, há milhões de homens que são tentados a perder a própria razão e esperança de viver por estarem privados das condições materiais mínimas de existência. A fome, a indigência imposta pelas condições injustas da vida social, a falta de trabalho, inexistência de recursos mínimos de educação, de assistência médica e social levam pessoas, tanto em países ricos como pobres, a desconhecerem o significado da própria existência. Se elas perdem o significado de sua própria existência, imagine como elas vão ver a vida dos outros. Daí os assassinatos, estupros, pois ao perderem a razão existencial da vida vivem como animais.

Várias pesquisas têm demonstrado que é mais angustiante par o homem moderno, especialmente para os jovens, a crise provocada pela falta de sentido e de significado da vida, o sentimento de vazio, do que a carência ou dificuldades para a consecução de outros bens. O vazio existencial mostrou-se bastante evidente em um levantamento feito entre cem alunos de Harvard, todos eles proveniente de família abastadas: uma quarta parte desses alunos duvidava que suas vidas tivessem algum sentido. As revistas psiquiátricas informaram que esse mesmo fenômeno ocorria em todos os países socialistas europeus.

Sem dúvida, conflitos de valores ou “frustração existencial” podem levar o indivíduo às neuroses,
vindo a depressão, a ansiedade e a síndrome do pânico.

A procura de sentido para o homem é uma força primária na sua vida. Este é capaz de viver e até mesmo de morrer por causa de seus ideais e valores.

A profunda experiência de Victor (psicanalista), no campo de concentração de Auschwitz, levou-o a ter como certo que cada pessoa é um ser único, que pode reter uma ultima reserva de liberdade para tomar uma posição, ao menos, interior, mesmo sob as mais adversas circunstâncias. Nesta profunda dimensão do seu eu, nós sabemos que “não apenas somos, mas a cada momento devemos decidir o que seremos”. Quando somos despojados de tudo o que temos, como família, amigos, influência, status e bens ninguém pode nos tirar a liberdade de tomar a decisão do que devemos nos tornar. Esta liberdade não é algo que possuímos, mas algo que somos. Por isso mesmo, todo homem tem o poder e a liberdade de elevar-se acima do seu próprio “eu” e tornar-se um ser humano melhor.
Temos a capacidade de transformar nossas vidas para algo melhor e diferente, só necessitamos de dar o nosso sim, para nossa consciência e também para Deus. A renovação total do homem, no entanto, é difícil, trabalhosa e dolorosa, pois acontece sempre após a perda de valores que ele achava importantes, como fracassos financeiros, de relacionamento, de entes queridos, ou frustrações com idéias não alcançadas.  É fundamental, a certeza de ter a básica motivação para viver, o encontro de um significado e não buscar satisfações, poder ou riquezas materiais, que podem apenas contribuir nosso bem-estar, mas não simplesmente meios utilizados para atingir um fim, quando usados formas significativa.

Devemos usufruir os bens materiais que Deus nos deu, nunca os ter como a principal razão da existência. Conheci pessoas com sentido de vida focado apenas no dinheiro e bens materiais, que, após um desastre econômico, entraram em crises depressivas intensas, por não terem consistência espiritual necessária para entender os momentos que estavam passando.

Devemos estar convictos de que, além de nossas dimensões físicas e psicológicas, possuímos uma espiritual, noética, especificamente humana (espiritual, não no sentido religioso, mas no de a vida mental ou intelectual que supõe a existência de um princípio de ação transcendente à materialidade do ser). Como oportunamente explica Joseph Fabri, o homem, na sua integralidade, compreende as três dimensões, mas é a dimensão propriamente humana que ele permitirá à pessoa transcender a si mesma e fazer dos significados e valores uma parte fundamental da sua existência. Nesse sentido, cada pessoa é um ser único, vivendo através de infinitos momentos únicos e insubstituíveis, cada um deles oferecendo um significado em potencial (isto é, aberto também para o futuro). Se reconhecermos este potencial e formos capazes de corresponder a ele, nossa vida terá um sentido e a conduziremos de forma responsável. Para Victor Frankl, unicamente quando nos elevamos à dimensão do espírito (mente) tornamo-nos um ser completo. A dimensão humana é a dimensão da liberdade: na aquela proveniente das condições, quer biológicas, psicológicas ou sociológicas (liberdade de alguma coisa), mas sim a possibilidade de tomarmos atitudes de acordo com as nossas necessidades (liberdade para alguma coisa). Somente nos tornaremos seres humanos completos quando atingirmos esta dimensão de liberdade.

Somos prisioneiros da dimensão do corpo. Somos conduzidos pela dimensão psíquico-afetiva, mas na dimensão do espírito somos livres. Nós não apenas existimos, mas podemos exercer influência sobre a nossa existência. Podemos não só decidir sobre que espécie de pessoas somos, mas que espécie de pessoa poderemos vir a ser. Dentro desta dimensão noética somos nós que fazemos a escolha. Ignorar a dimensão espiritual é reducionismo, e aí está a origem do mal estar, da sensação de vazio e de que a vida está desprovida de significado.

Existe em nós uma dimensão espiritual, que faz parte da integralidade do ser humano, se a ignorarmos, estaremos esquecendo de uma parte nossa. Essa inteligência espiritual é a responsável pela enorme necessidade que o ser humano tem em ter o seu lado transcendental sempre ativo. Desde os mais remotos tempos da humanidade nota-se q procura de um ser superior, o Sol para os egípcios, incas etc., isto é, para sua existência o homem precisa que exista Deus.

Se as pessoas não enfocarem seus objetivos e sentidos da dimensão noética, ficarão expostas às decepções da vida, podendo ter enormes conseqüências psíquicas e físicas. Por isso é que acredito que a maior causa da depressão, e a principal razão do aumento dessa doença, dos dias de hoje, é a falta de Deus na vida das pessoas. No momento em que somente existam valores materiais como únicos objetivos do homem, não existindo a razão transcendental para viver, poderemos estar construindo casa em cima de alicerces de areia, que qualquer tempestade pode derrubar.

Termino lembrando o que Paulo ouviu do Senhor:

“Basta-te a minha Graça”

Pe. Valter Paixão